TERMÔMETRO DA ECONOMIA
Análise Regional
Em 2024, Caruaru registrou um significativo crescimento econômico. Até novembro, foram registradas 3.949 novas empresas no município, com destaque para o segundo trimestre, que contabilizou a abertura de 1.662 negócios, correspondendo a um aumento de 58% em comparação ao mesmo período de 2023.Os segmentos com maior concentração de novas empresas foram o comércio, as indústrias de transformação, e a saúde humana e serviços sociais, vale destacar os bairros do Mauricio de Nassau, Indianópolis, Nossa Senhora das Dores, Universitário e Salgado como motrizes do dinamismo econômico local por concentrarem essas novas empresas.
Até outubro de 2024, Caruaru registrou a criação de 4.727 novos postos de trabalho, consolidando-se como a segunda cidade com maior geração de empregos em Pernambuco no período de novembro de 2023 a outubro de 2024. Durante esse intervalo, foram abertas 5.459 vagas, com um crescimento do estoque empregatício superior ao da capital Recife, à média estadual, regional (Nordeste) e nacional. Os setores que mais contribuíram para a expansão do mercado de trabalho no município foram o comércio, as indústrias de transformação, a construção civil, as atividades administrativas e serviços complementares, a educação e o setor de alojamento e alimentação.
Ademais, vale destacar o sucesso do São João 2024. Segundo dados da Prefeitura Municipal, o evento atraiu mais de 3,7 milhões de pessoas e movimentou mais de R$ 688 milhões na economia local, gerando mais de 20 mil empregos diretos e indiretos, além de apresentar 100% de ocupação da rede hoteleira e 90% de ocupação nos voos do Aeroporto Oscar Laranjeiras.
Por fim, as expectativas são positivas. De acordo com a pesquisa do Sindloja Caruaru/Mercatus, mais de 75% dos consumidores caruaruenses planejam realizar compras impulsionadas pelas promoções da Black Friday e pelas confraternizações de Natal e Ano-Novo. A maior concentração das compras deve ocorrer em centros comerciais e nas lojas do centro da cidade, com uma forte demanda por móveis, eletrodomésticos, eletrônicos, joias e brinquedos.
Deste modo, observa-se que o município continua sendo uma importante força no desenvolvimento econômico do estado de Pernambuco, especialmente pelo dinamismo e diversidade de sua economia que apresentou crescimento no setor de comércio, serviços, construção e indústria, além de importantes resultados anuais no turismo e no tradicional setor têxtil.
Principais destaques regionais:
- Abertura de empresas
- Emprego e renda
- Análise setorial
- ICETEC
- Abertura de empresas em Caruaru
Até novembro de 2024, o município de Caruaru registrou a criação de 3.949 novas empresas. O segundo trimestre foi especialmente relevante, com 1.662 novos empreendimentos, representando um crescimento de 58% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No primeiro semestre de 2024, foram abertas 2.531 novas empresas no município, com destaque para os segmentos de comércio (718 novas empresas), indústrias de transformação (247 novas empresas) e saúde humana e serviços sociais (201 novas empresas).
O comércio de artigos de vestuário foi a atividade econômica com mais novas empresas no município (119 empresas). O bairro que mais recebeu as novas empresas foi o Maurício de Nassau (482 novas empresas), seguido do Indianópolis (207 novas empresas), Nossa Senhora das Dores (190 novas empresas), Universitário (175 novas empresas) e o Salgado (147 novas empresas).
- Geração de empregos em Caruaru
Segundo dados do Caged, no ano de 2024, até o mês de outubro, o munícipio de Caruaru gerou 4.727 novos empregos. Em relação aos últimos 12 meses (entre novembro de 2023 e outubro de 2024), o município criou 5.459 vagas de emprego, sendo a segunda cidade que mais gerou emprego no estado de Pernambuco.
Neste sentido, Caruaru aumentou seu estoque empregatício de carteiras assinadas em 6,7%. Este é um valor superior à capital Recife e a média do estado de Pernambuco, da região Nordeste e do Brasil.
No ano de 2024, as atividades econômicas que mais geraram empregos foram: comércio (1.162 novos empregos), indústrias de transformação (961 novos empregos), construção (734 novos empregos), atividades administrativas e serviços complementares (446 novos empregos), educação (380 novos empregos) e alojamento e alimentação (378 novos empregos).
- Análise Setorial
3.1 Comércio
De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), até setembro deste ano, o setor de comércio registrou um crescimento de 4,8% no volume de vendas e um aumento de 8,5% na receita nominal. No mesmo período, o comércio em Pernambuco apresentou um crescimento de 5,1% no volume e de 7,9% na receita.
3.2 Serviços
Até outubro deste ano, o setor de serviços, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), apresentou um crescimento de 3,2% em seu volume, enquanto a receita nominal aumentou em 7,8% durante 2024. O estado de Pernambuco apresentou um aumento de 4,1% em volume e 8,7% em receita no setor, no mesmo período.
Em relação às atividades turísticas cresceram em 2,4% seu volume e a receita nominal aumentou em 10,4%, ao comparar os último doze meses. Enquanto Pernambuco as atividades cresceram em 3,7% e a receita aumentou em 10,7%.
3.3 Indústria
Conforme a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) de outubro de 2024, a produção industrial de bens de consumo duráveis aumentou 4,4%, e a de bens de capital cresceu 1,6%, enquanto os bens Intermediários aumentaram 0,4% em solo brasileiro. No mesmo período, a produção da ‘Indústria Geral’ (-0,2%), da ‘Indústria da Transformação’ (+0,1%) e a da ‘Indústria Extrativa’ (-0,2%) demonstraram crescimento. Em outubro, a confecção de artigos de vestuário e acessórios aumentou 14,1%.
- Indice do Setor Têxtil e de Confecções de Pernambuco
Segundo dados do Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções (NTCPE), a partir do Índice de Confiança do Empresário do Setor Têxtil e de Confecções (ICETEC), o empresariado pernambucano dos setores têxteis e de confecção apresenta um elevado grau de otimismo (60,08 pontos) em novembro de 2024, enquanto a percepção das ‘Condições Atuais’ (últimos seis meses) apresentando 48,06 pontos (considerado negativo), mas as suas ‘Expectativas’ para os próximos seis meses (66,10 pontos) são considerados otimistas.
Ao comparar o nível de otimismo local com a pesquisa nacional mais semelhante, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Conferência Nacional da Indústria (CNI), é perceptível o maior otimismo do empresário local (60,08 pontos contra 50,7 pontos do empresariado nacional), ficando acima nas expectativas (66,10 pontos contra 54,7 pontos), mas abaixo na percepção das condições atuais (48,06 pontos contra 48,3 pontos). Contudo, segue a tendência estadual, na qual a percepção das condições atuais é mais baixa do que as expectativas para os próximos seis meses.
Elaboração:
Pedro Neves Holanda, economista na PHNeves Consultoria (Pernambuco). Colunista na Rádio CBN.
Jhonattan Washington
Graduado em Ciências Econômicas
Tays Marina
Graduada em Ciências Econômicas
Fontes de dados utilizados neste material:
- Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED);
- Confederação Nacional da Indústria (CNI);
- Contexto Econômico/Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Tecnologia e Economia Criativa (SEDETEC);
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
- Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções (NTCPE).
- Prefeitura de Caruaru;
- Sindloja Caruaru/Mercatus.